terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

O Básico sobre Controle de Código



Muitos problemas de desenvolvimento de software são causados por falta de controle de versão. Faça uma avaliação rápida da situação da sua equipe de desenvolvimento:

  1. Alguém já sobrescreveu o código de outra pessoa por acidente e acabou perdendo as alterações?
  2. Tem dificuldades em saber quais as alterações efetuadas em um programa, quando foram feitas e quem fez?
  3. Tem dificuldade em recuperar o código de uma versão anterior que está em produção?
  4. Tem problemas em manter variações do sistema ao mesmo tempo?



Se alguma das perguntas acima teve um sim como resposta, então sua equipe necessita urgentemente de um sistema para controle de versão!

Um sistema de controle de versão (ou versionamento), VCS (do inglês version control system) ou ainda SCM (do inglês source code management) na função prática da Ciência da Computação e da Engenharia de Software, é um software com a finalidade de gerenciar diferentes versões no desenvolvimento de um documento qualquer. Esses sistemas são comumente utilizados no desenvolvimento de software para controlar as diferentes versões – histórico e desenvolvimento – dos códigos-fontes e também da documentação.

Esse tipo de sistema é muito presente em empresas e instituições de tecnologia e desenvolvimento de software. É também muito comum no desenvolvimento de software livre. É útil, em diversos aspectos, tanto para projetos pessoais pequenos e simples como também para grandes projetos comerciais.

Principais vantagens

As principais vantagens de se utilizar um sistema de controle de versão para rastrear as alterações feitas durante o desenvolvimento de software ou o desenvolvimento de um documento de texto qualquer são:
Controle do histórico: facilidade em desfazer e possibilidade de analisar o histórico do desenvolvimento, como também facilidade no resgate de versões mais antigas e estáveis. A maioria das implementações permitem analisar as alterações com detalhes, desde a primeira versão até a última.
Trabalho em equipe: um sistema de controle de versão permite que diversas pessoas trabalhem sobre o mesmo conjunto de documentos ao mesmo tempo e minimiza o desgaste provocado por problemas com conflitos de edições. É possível que a implementação também tenha um controle sofisticado de acesso para cada usuário ou grupo de usuários.
Marcação e resgate de versões estáveis: a maioria dos sistemas permite marcar onde é que o documento estava com uma versão estável, podendo ser facilmente resgatado no futuro.
Ramificação de projeto: a maioria das implementações possibilita a divisão do projeto em várias linhas de desenvolvimento, que podem ser trabalhadas paralelamente, sem que uma interfira na outra.

Não existe nada mais frustrante do que não ter exatamente o código-fonte da versão que está rodando no cliente ou não saber o que mudou desde que a versão foi entregue. Esse tipo de coisa pode acabar com uma empresa ou fazer com que ela fique muito mal vista no mercado.

Porém, independente do mercado, existe um bom motivo para o desenvolvedor possuir algum tipo de controle de código: controle. Se você ou sua equipe não conseguem corrigir todos os bugs, pelo menos saberão o que já foi feito. Se você achou um bug que não existia antes da versão 10, o histórico das mudanças entre a versão estável 9 e a versão não-tão-estável 10 vai te dar uma pista muito boa de onde o problema pode ter sido gerado. Visto dessa forma, não importa muito o tamanho da equipe ou da organização. O importante de um bom código é que suas mudanças estejam sempre registradas, visíveis e disponíveis a qualquer um.



Opções para Controle de Código

Um controle de código para uma pessoa só não precisa ser nada muito sofisticado, sendo que um amontoado de ZIPs pode dar conta do recado. Porém, a partir do momento em que o número de desenvolvedores aumenta para dois ou mais, aí o controle baseado em ZIPs começa a ruir, e é necessário usar uma ferramenta mais apropriada. Existem algumas opções, que vai do gosto e necessidades de cada um:

Visual Source Safe ou VSS: não é gratuito nem robusto o suficiente para agüentar toneladas de código-fonte, mas vem junto do Visual Studio e pode ser apropriado para empresas de porte pequeno ou médio (e empresas de um programador só).

Concurrent Version System ou CVS: é um sistema fonte aberto, gratuito e robusto. Suficiente para agüentar toneladas de código-fonte e equipes de vários andares. Atualmente está sendo substituído gradualmente pelo

Subversion ou SVN: é um substituto moderno do antigo CVS; igualmente gratuito e poderoso, está rapidamente se tornando a opção predominante.
Git: é um sistema de controle de revisão distribuida, rápido e escalável. O Git foi desenvolvido inicialmente por Linus Torvalds mediante uma necessidade de ter um software robusto para controle de versão do kernel linux. O Git, diferente do subversion, por exemplo, não é um repositório de dados centralizado. Assim, cada pessoa que trabalha no mesmo projeto terá uma cópia completa do repositório, portanto, as operções comuns de um repositório de dados são feitas localmente. Isso dá a liberdade total para o usuário trabalhar com o repositório como quiser, criando branches, fazendo merges, etc... Ao final do processo, ele pode enviar um branch mais bem trabalhado e testado ao repositório remoto.

Para aqueles que queiram aprofundar no assunto recomendo a leitura dos artigos abaixo, que entre outros, serviram de base para este post.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_de_controle_de_versão

http://www.pronus.eng.br/artigos_tutoriais/gerencia_configuracao/conceitos_basicos_controle_versao_centralizado_e_distribuido.php

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